terça-feira, 25 de novembro de 2008

PEDIM governa PEDIM! E Pedim governará o Acaraú!

Recentemente, um dos leitores do BLOG, usando tom sarcástico, questionava quem viriaa a "tomar conta da prefeitura", ventilando inclusive a hipótese de que a ex-prefeita governaria por PEDIM. Referiu-se ainda a algumas vereadores apontados como futuros secretários com trocadilhos escatológicos. Imaginar que a ex-prefeita governaria por PEDIM está no mesmo patamar de absurdo que dizer que PEDIM e o atual prefeito fingiram romper e disputaram a eleição apenas de "faz de conta". Já não me surpreenderia se no próximo boato supusessem que Obama renunciaria à Casa Branca para vir "controlar" PEDIM. Se ainda pairam suspeitas de que PEDIM seria uma simples marionete a ser controlada, surpreender-se-ão mais uma vez com PEDIM! Já o subestimaram tantas vezes! ... Com ações ele provará mais uma vez seu posicionamento. Reitero o convite a estas pessoas: Na próximo pleito, é provável que o PMDB lance candidatura majoritária. Para que o debate centre-se nos atos administrativos e não nos concorrentes, é preciso que se cessem trocadilhos como esses. Acaraú precisa de uma agenda positiva pela cidade e desqualificações pessoais não acrescentam. Seria ótimo se no próximo pleito, o acirramento se travasse apenas no campo das idéias e na comparação das ações públicas e não em ataques pessoais. Acredite, há muitas pessoas que REALMENTE desejam uma disputa dessa maneira, pautada na DEMOCRACIA.
Vai lá PEDIM! Com seriedade, autoridade e moralidade monta um grande time! Exige compromisso do seu secretariado para com a CIDADE e os faz por em prática o Acaraú tão sonhado pelos acarauenses. Vai lá e traz a todo o povo "o Acaraú que o povo quer".

Resposta ao comentário 07 do Livro de Visitas
http://users3.smartgb.com/g/g.php?a=s&i=g35-40230-39


terça-feira, 4 de novembro de 2008

PEDIM DO CLETO e os chamados "traíras"


Muito tem se falado dos "inusitados" amigos da família 13 que se diziam eleitores do candidato situacionista a frente de seus chefes, mas teclaram 13 no dia cinco. Tão logo as urnas foram abertas, e os mesmos puderam SEM MEDO comemorar a vitória do seu VERDADEIRO candidato, recaiu-lhes a alcunha de TRAÍRAS.

Entretanto, ao invés de questionarem o motivo dessas pessoas, tão próximas e tão conhecedoras da gestão, de não votarem no PMDB, muitos preferiram acusá-las de infiéis, de TRAÍRAS, denegrindo esses bravos companheiros. Conhecedores perspicazes, encontraram falhas administrativas, e, insatisfeitos, oPTaram por MUDANÇA. Reservaram-se ao máximo para não sofrerem perseguições políticas, como as tão habituais em Acaraú. Com a faca no pescoço diriam que votariam em quem quer que fosse, uma vez que são conhecedores da falta de direito de expressar o voto em nossa cidade. Se o governo era tão bom como apregoado, por que esses, maiores conhecedores da gestão, VOTARAM contra? Decerto, coheciam também a parte que não foi cantada em verso e prosa na campanha!

Vocês não foram de modo algum traíras porque não traíram as suas consciências! Não faltaram com responsabilidade pelo futuro dos seus filhos ao preverem que a cidade precisava de uma gestão ousada, que freasse a estagnação econômica a qual Acaraú padece. Vocês não traíram os ideais de Liberdade! Vocês não traíram o desejo de fazer o Acaraú por vocês sonhado: sem perseguição ao funcionário público, pautado pela ética e cidadania e firmado nos alicerces democráticos. Mentiram? Certa vez a ministra Dilma Roussef questionada pelo arrogante Agripino Maia, um filhote da ditadura militar sobre o fato de ter mentido durante esse regime pontuou:

"É impossível a verdade ou o diálogo com pau-de-arara, choque elétricos. Eu tinha 19 anos, fiquei três dias na cadeia e fui barbaramente torturada. Me orgulho de ter mentido, porque salvei companheiros da tortura e da morte."

Orgulhem-se! Se é que mentiram ... fizeram isso defendendo um Acaraú melhor para seus filhos. E isso é muito nobre! Vestiram-se de amarelo, mas não amarelaram! O silêncio de vocês foi corajoso!

PS: Refiro-me no texto a esses bravos e não aos hipócritas, que, como diria um grande amigo, “caíram de cara nas nossas comidas e bebidas nas festas da comemoração, mediocremente” depois de denegrir, desrespeitar e caluniar os membros dessa coligação.

Vai lá PEDIM, que o mar está pra peixe! Não pros tubarões, mas pelas FIÉIS “traíras”. Estabelece um governo de respeito ao funcionário público e traz pra gente, “o Acaraú que o povo quer

domingo, 2 de novembro de 2008

Entrevista com DILMA ROUSSEFF - Revista Época





ENTREVISTA - Dilma Rousseff

Anderson Schneider


QUEM É
Economista formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 60 anos, a chefe da Casa Civil da Presidência é a principal auxiliar do presidente Lula

O QUE ESTUDOU
É a gerente do principal plano do governo Lula no segundo mandato: o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)

O QUE FEZ
Foi ministra de Minas e Energia. Também foi secretária de Energia no Rio Grande do Sul
ÉPOCA – Os efeitos da crise econômica vão prejudicar o candidato do governo ao Planalto em 2010?
Dilma Rousseff –
Vou dizer o que espero de 2010 e acredito que meus companheiros de governo também esperam: que o povo reconheça o esforço feito por este governo para mudar as condições de desenvolvimento, fazer o país crescer e incluir milhões de brasileiros. A característica principal deste governo é que aumentamos a classe média brasileira em quase 20 milhões de pessoas, resgatamos da pobreza mais de 10 milhões de brasileiros. O governo será avaliado pelo que é.

ÉPOCA – Mas a crise será um componente dessa avaliação em 2010.
Dilma –
Tenho certeza de que esse componente será favorável ao governo, na visão do povo. Estamos mostrando que sabemos governar na hora mais difícil. Até lá, veremos quem sabe lidar melhor com a crise.

ÉPOCA – A senhora não acha que ela favorece a oposição?
Dilma –
Só se fosse uma oposição contra o Brasil. Como a crise pode favorecer a oposição, se ela é contra o país, se o governo está tomando as medidas para enfrentá-la? Desde 2003, construímos as condições para ter o melhor desempenho que este país já teve diante de uma crise dessa proporção. Quando começamos a acumular reservas, muita gente criticou, diziam que estávamos loucos. Isso foi possível porque mantivemos a inflação sob controle, fizemos superávit primário (a economia entre a arrecadação de impostos e os gastos do governo), enviamos ao Congresso as medidas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Foi isso que nos permitiu tomar as medidas preventivas agora.

ÉPOCA – O país foi abalado pelas crises no governo Fernando Henrique. Por que não seria no governo Lula?
Dilma –
Há muita gente achando que o Brasil hoje é o mesmo país de antes de 2003, quando ocorreram crises até pequenas se comparadas à atual. Eram crises de bilhões de dólares. A atual é de trilhões. Essas pessoas apostam que o governo vai falir, como faliu naquele período. Mas não vai. Naquela época, se havia crise, o governo quebrava, porque a dívida pública estava denominada em dólares e explodia. Não havia reservas suficientes e tinham de recorrer ao FMI e adotar políticas extremamente restritivas, ampliando a recessão que a própria crise já trazia. Naquela época, as crises implicavam uma apatia do governo. Ele estava quebrado, não tinha instrumental para agir e acabava realimentando a crise. Hoje, é completamente diferente: para começar, o governo não quebrou.

ÉPOCA – E por que não quebrou? Quais são as diferenças?
Dilma –
A primeira grande diferença é nossa robustez macroeconômica. Temos a inflação sob controle, as contas externas são robustas, acumulamos US$ 215 bilhões em reservas. Estamos fazendo um superávit primário maior até que a meta estabelecida. Fizemos superávits durante todo esse período. Apostamos no crescimento do mercado interno. A economia brasileira tem hoje mais condição de sustentar o crescimento diante de uma recessão na economia real de países desenvolvidos. E diversificamos bastante as relações comerciais com outros países.

ÉPOCA – A diferença está nas condições macroeconômicas do país?
Dilma –
Condições que nós construímos, mas não é só. Há uma diferença de atitude. Sabemos que a crise existe, é real e já nos afetou. Ela nos pega pela escassez mundial de crédito. Mas o governo tem perfeita tranqüilidade para lidar com isso. O presidente Lula não fica choramingando por um probleminha aqui, outro ali. Em vez de ficar apático, ou até de ser uma das maiores partes do problema, como nas crises antes de 2003, o governo hoje é um ator presente no cenário, com muitos instrumentos.

ÉPOCA – Por exemplo?
Dilma –
As medidas preventivas tomadas pelo BC e pela Fazenda mostram essa robustez. O uso de reservas para conter a especulação com a volatilidade do câmbio, o emprego dessas reservas diante de um crédito externo seco, quase desértico, a liberação do compulsório para irrigar o crédito. E as políticas setoriais, para a construção civil, a agricultura, com a ação do Banco do Brasil, da Caixa, do BNDES. São instrumentos de Estado para viabilizar o setor privado. Temos R$ 10 bilhões para o Fundo de Marinha Mercante, R$ 3 bilhões para a construção civil. Decidimos manter os programas sociais e os investimentos do PAC. Eles são importantes para nossa economia interna.

ÉPOCA – O ex-presidente Fernando Henrique, entre outros, diz que os gastos do governo criarão um problema fiscal grave, com o cenário de queda da arrecadação.
Dilma –
Ainda vamos ter de avaliar. Mas é preciso levar em conta, primeiro, que a economia vai continuar crescendo em 2009, mesmo que haja redução no ritmo. Estamos fazendo seguidos superávits primários e temos o excesso de arrecadação. Poderemos contar com um instrumento apresentado antes da crise, o Fundo Soberano. É um fundo fiscal, a poupança que podemos fazer com o excesso de arrecadação para carregar no tempo. A gente poupa nos dias bons para usar na hora de pior desempenho. O Fundo Soberano foi aprovado pela Câmara. Acreditamos que ninguém pode deixar de aprovar (no Senado) algo que seja o melhor para o país.

ÉPOCA – A oposição aposta no pior?
Dilma –
Não sei. Tendo a achar que nenhum cidadão brasileiro consciente aposta nisso. Agora, temo que as pessoas, em suas paixões, podem às vezes perder a razão. Quem aposta no pior é aquele tipo de pessoa que diz: “Ah... Quero ver se esse governo se desempenha bem numa crise”. Asseguro: teremos um dos melhores desempenhos no enfrentamento da crise. E estaremos em melhores condições para receber investimentos que outras economias, quando houver a retomada.

ÉPOCA – Amigos comuns dizem que a senhora e o governador José Serra têm idéias semelhantes sobre economia. Como seria uma disputa com ele em 2010?
Dilma –
Respeito muito o governador Serra. Que bom que tenhamos a mesma visão, mas andam imaginando coisas muito prematuramente. Como imaginar é livre, podem continuar imaginando.

ÉPOCA – O que iria diferenciá-los numa campanha?
Dilma –
Não vou discutir o que me diferencia do governador Serra, mas não estamos no mesmo projeto. O governador estava no projeto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Eu estou no projeto do presidente Lula.